INTRODUÇÃO
“Final Fantasy IV” é um dos games mais lembrados pelos jogadores da geração 16-bits quando o assunto é RPG com boa história, e motivos não faltam: os conflitos vividos pelo protagonista Cecil, o triângulo amoroso composto por este, Kain e Rosa e perdas ao longo do caminho são apenas alguns elementos capazes de manter o enredo agradável mesmo que ele fosse apresentado em um livro.
Vinte anos depois, é interessante observar que “Final Fantasy IV” continua atual e não deve nada a criações recentes, sendo inclusive capaz de superar algumas delas. “Final Fantasy IV: The Complete Collection” vem para brindar essa era de ouro, com grandes chances de se tornar a versão definitiva do jogo.
PONTOS POSITIVOS
- Escolha de capítulos
- O que vem depois
- Atualização gráfica
Nada mais irritante do que ter um jogo que apresenta mais de um título, mas ser obrigado a terminar um para acessar o(s) outro(s). “Final Fantasy IV: The Complete Collection” não sofre desse mal, pois a Square Enix oferece, de cara, a opção de escolher por onde iniciar a jogatina. Conhece “Final Fantasy IV” de cor e salteado? Pule para “Interlude” ou “The After Years” – aliás, até neste é possível escolher por qual história deseja começar, exceto por uma e outra que, por motivos óbvios, não irei revelar.
Muitos imaginavam que a Square não iria se superar tentando criar algo novo dentro do universo de “Final Fantasy IV”. Puro engano. “Final Fantasy IV: The After Years” consegue ser tão bom quanto o game original, utilizando as mesmas localidades para dar vida a um título com novos dramas, personagens inéditos e elementos extras, como o sistema de fases da lua (que afeta as ações dos combatentes nas batalhas) e a adição dos Bands, técnicas em que dois ou mais lutadores unem forças para criar um golpe devastador.
Além de ser mais longo do que “Final Fantasy IV” – pelo menos o que é apresentada aqui, que conta com alguns extras vistos na versão lançada para Game Boy Advance –, “The After Years” mostra que, no mundo dos games, é possível encontrar continuações que superam os originais.
Parece “chover no molhado”, mas não é: a atualização gráfica feita em “Final Fantasy IV: The Complete Collection” deixa tudo ainda mais interessante, em especial as magias e as entidades invocadas por Rydia nas batalhas, que contam com animações tão bem trabalhadas que certamente o deixarão com dó de apertar o botão Select para acelerar o ritmo da luta.
PONTOS NEGATIVOS
- Interlúdio e nada dá no mesmo
Foi uma ideia interessante, mas mal executada. O capítulo “Interlude”, que liga “Final Fantasy IV” a “The After Years”, e nada dá no mesmo: trata-se de um episódio curto (não dura mais do que 3h e não apresenta nada muito consistente), no qual você não precisa evoluir (os personagens iniciam fortes o suficiente para completar a jornada) e que vale apenas para ampliar o tempo total de jogo.
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